Alcântara: Cla faz hoje lançamento do primeiro foguete privado

Nesta quarta-feira (21.dez.2022), o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realiza pela primeira vez a decolagem de um foguete com operação comercial, o foguete HANBIT-TLV, desenvolvido pela startup sul-coreana Innospace, especializada em veículos lançadores de satélites.

A operação inédita foi batizada de Astrolábio e contará com os trabalhos da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). O foguete levará uma carga útil, chamada de SISNAV (Sistema de Navegação Inercial), experimento nacional para a navegação autônoma de foguetes, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) da Força Aérea Brasileira, dentro do projeto Sistema de Navegação e Controle (SISNAC). A tecnologia fará parte do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM).

Para alinhar detalhes sobre o lançamento do HANBIT-TLV e a criação de políticas públicas voltadas à geração de emprego e renda, a partir de operações na Base de Alcântara, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, recebeu nesta segunda-feira (19), no Palácio dos Leões, em São Luís, a visita do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo César Alvim, e do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura.

De acordo com o ministro Paulo César Alvim, a intenção do governo federal é apoiar o Maranhão na instalação de um centro de capacitação e um centro tecnológico, voltados para preparar mão de obra local para as próximas operações espaciais realizadas a partir da Base de Alcântara.

São novos e bons postos de trabalho, geração de nota fiscal local e uma possibilidade de expandir e construir aqui no estado um ecossistema aeroespacial de suporte ao CLA”, sublinhou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Mão de obra maranhense no setor aeroespacial

O governador Carlos Brandão explicou que o centro de capacitação deverá contar com o apoio técnico de várias instituições científicas, a exemplo do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) e de universidades públicas.

Isso é um marco na história. O Maranhão entrando na fase aeroespacial mundial. Com certeza isso vai trazer um grande desenvolvimento, nós vamos ter aqui a oportunidade de geração de milhares de empregos. Em um primeiro teremos um centro de capacitação e, em seguida, um centro tecnológico. Vamos montar um grande centro para que a gente possa capacitar os nossos jovens e entrar nesse mercado de trabalho”, pontuou o governador.

Inaugurado no dia 1º de março de 1983, o CLA nunca havia realizado uma operação espacial de uma empresa privada. O foguete da Innospace fará um voo suborbital, utilizando um novo motor de propulsão híbrida. A meta da empresa sul-coreana é realizar lançamentos mais complexos a partir de Alcântara, até colocar satélites em órbita.

A gente acredita que é um ponto de inflexão. A partir de agora São Luís, Alcântara e o Maranhão entram no mapa espacial do planeta”, avaliou o ministro Paulo César Alvim.

Uma empresa canadense também planeja fazer lançamentos a partir de Alcântara em meados de 2023 e empresas de outros países já estão em negociação para novas decolagens privadas.

Brandão visita CLA e fala em parceria para novos lançamentos internacionais de foguetes e satelites

Fundada no dia 22 de dezembro de 1648, a cidade de Alcântara, a 30 km de São Luís, está prestes a sediar um novo marco histórico para o programa espacial brasileiro: pela primeira vez o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) fará a decolagem de um foguete de uma empresa privada. Ainda em dezembro deste ano, a empresa sul-coreana Innospace lançará um satélite com motor híbrido, patenteado pela própria startup asiática, a partir da Base de Alcântara.

Na manhã desta quarta-feira (14), o governador Carlos Brandão visitou as instalações da Innospace e confirmou o interesse da administração estadual em apoiar lançamentos de foguetes e satélites de outros países.

Até o fim do ano estamos lançando aqui um foguete sul-coreano, que vai ser aberto para vários países, para que a gente possa fazer um teste, e daí, ano que vem teremos mais foguetes. Aqui [Alcântara] temos todas as condições favoráveis”, sublinhou Carlos Brandão.

Uma das metas, segundo Brandão, é garantir mais espaço para mão de obra maranhense em projetos aeroespaciais desenvolvidos em Alcântara. De acordo com o governador, a qualificação da população local faz parte desse processo.

A nossa visita visa fortalecer essa aliança entre o governo do Estado e o CLA. Mostrar para o Brasil e para o mundo que o governo do Estado é parceiro desse projeto, que vai trazer grande desenvolvimento para o nosso estado, que vai absorver a nossa mão de obra. E aí a gente tá discutindo vários assuntos, principalmente essa questão de capacitação dos nossos profissionais, para que os maranhenses não fiquem fora desse projeto”, observou Brandão.

Empresas do setor aeroespacial dos Estados Unidos e Canadá também já acertaram o uso da Base de Alcântara para o lançamento de foguetes e satélites. O governador Carlos Brandão sinaliza que o Maranhão vai garantir “segurança jurídica e política” para as empresas estrangeiras que queiram operar em Alcântara.

Um dia muito importante, um marco no lançamento de foguetes de Alcântara, um marco nessa parceria. O mundo inteiro está olhando para essa entrevista. Os coreanos, os americanos, os canadenses estão observando que aqui tem parceria, segurança jurídica e segurança política. Aqui será um grande Centro de Lançamento de foguetes e satélites de vários países”, afirmou Carlos Brandão.

Parceria com CLA – Operado pela Força Aérea Brasileira, o CLA foi inaugurado no dia 1º de março de 1983 e é reconhecido pelas vantagens logísticas e geográficas de Alcântara para customizar o lançamento de foguetes – já que a Base de Alcântara fica mais próxima à linha do Equador (gerando até 30% de economia de combustível). A decolagem do foguete da Innospace vai testar a capacidade do CLA para lançamentos espaciais e reforça a soberania brasileira sobre o seu espaço aéreo.

Para o diretor do CLA, coronel engenheiro Fernando Benitez, a visita de Carlos Brandão expõe ao mundo a presença do governo do Maranhão em programas estratégicos desenvolvidos na Base de Alcântara.

A visita do governador Brandão aqui no CLA no dia de hoje é um marco muito importante para mostrar para todos que existe uma grande parceria entre governo do Estado e o que está acontecendo de estratégico no país. A visita para conhecer as instalações da Innospace para conhecer o foguete, a plataforma de lançamento, mostra que aquela promessa que o CLA fez ao governo do Estado e à população maranhense, que o desenvolvimento viria, está acontecendo. Eu agradeço ao governador pelo apoio que foi dado para essa operação”, destacou o militar.

Em decisão inacreditável, Justiça suspende a compra de quase 100 blindados pelo Exército Brasileiro

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu, nesta segunda-feira (5), a compra de 98 blindados italianos pelo Exército no valor de R$ 4,9 bilhões. A compra seria efetuada a menos para o término do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A decisão do desembargador Wilson Alves de Souza atende a uma ação popular apresentada pelo advogado Charlles Capella de Abreu.

Nesse contexto, vê-se claramente que o ato atacado não atende aos pressupostos de conveniência e oportunidade, pois é evidente a falta de razoabilidade, desvio de finalidade, ilegalidade e até mesmo de elementar bom senso, pois outra classificação não há quando ao mesmo tempo em que se faz cortes de verbas da educação e da saúde por falta de dinheiro, se pretende comprar armas em tempos de paz”, escreveu o desembargador.

*(Com informações de Thaís Arbex)

Matéria em atualização

 

 

Imprensa internacional destaca as manifestações no Brasil

Jornais de diversas partes do mundo ressaltam as manifestações no Brasil.

A imprensa internacional repercute as manifestações que vem acontecendo no Brasil desde ultimo domingo (30.out.2022), onde o  presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), venceu Jair Bolsonaro por menos de dois pontos percentuais.

Em seu site, o jornal El País da Espanha trás em sua capa a manchete.

IMG-20221105-WA0321~2

Já o espanhol La Vanguardia mostra um grupo de manifestantes com bandeiras e uma faixa com os dizeres “O Povo Pede Socorro” Ao Exército.

IMG-20221105-WA0319~2

O veículo Catalão Ara Cat mostra um homem ajoelhado com bandeira do Brasil diante da policia.

IMG-20221105-WA0322~2

Vídeo: Brasileiro é preso ao tentar atirar contra Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina

O homem foi preso após apontar uma pistola a poucos metros do rosto da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Fontes do governo argentino afirmaram, segundo o jornal El Clarín, que o autor da tentativa de ataque é um brasileiro de 35 anos e com passagens pela polícia por porte de arma de fogo.

Ainda segundo o jornal “Clarín”, o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, o homem seria Fernando Andrés Sabag Montiel. A arma teria falhado e a vice-presidente não foi ferida.

Canais de TV captaram as imagens de quando a ex-presidente deixava seu carro, rodeada por uma multidão de apoiadores. Em determinado momento, ela abaixa a cabeça quando alguém com o que parece ser uma pistola se aproxima a menos de 1 metro dela. Imagens publicadas nas redes sociais mostram o momento de diversos ângulos.

 

O ministro da Segurança, Aníbal Fernández, disse que o homem estava armado com uma pistola 3.8 e que ele teria tentado atirar, sem sucesso. Segundo a emissora C5N, a arma teria falhado. O presidente Alberto Fernández deve fazer um pronunciamento ainda na noite desta quinta.

Momentos depois do ataque, a oposição divulgou um comunicado pedindo uma investigação urgente e condenando o que chamou de ato de violência.

Yool

Rússia e Ucrânia terminam reunião sem avanços e anunciam 2ª rodada de conversas

Representantes dos dois países concordaram em voltar a suas capitais para discutir pontos da conversa e devem marcar uma segunda rodada de reuniões.

A rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, realizada nesta segunda-feira (28), em Gomel, na Belarus, acabou com o resultado esperado: sem avanços claros. Os representantes dos dois países concordaram em voltar a suas capitais para discutir pontos da conversa e devem marcar uma segunda rodada de reuniões, informou a agência estatal russa RIA, citando um funcionário do governo ucraniano.

Representantes dos dois países desembarcaram na cidade belarussa, próximo à fronteira ucraniana, no início da tarde no horário local, manhã no Brasil, com objetivos claros de um lado, mas sem uma agenda anunciada do outro.

Kiev buscava um cessar-fogo e a retirada das tropas russas, enquanto Moscou se limitou a dizer que esperava chegar a um acordo, sem dar mais detalhes. O Kremlin tem em mente que a Ucrânia não deve integrar a Otan, a aliança militar ocidental, e, por tabela, a União Europeia –a neutralidade da Ucrânia é o ponto principal das demandas feitas por Putin, enquanto reunia quase 200 mil soldados em torno do vizinho.

Antes mesmo das negociações, o presidente Volodimir Zelenski pediu acesso imediato ao bloco europeu sob um procedimento especial nesta segunda, o que o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que seria debatido, apesar de haver divergências entre os 27 membros do bloco sobre o assunto. O ingresso pode alimentar ainda mais as tensões.

Essa primeira rodada de conversa já ocorreu sob certa resistência. Zelenski inicialmente havia rejeitado o convite do Kremlin para uma negociação, que poderia ser vista como uma rendição. Há hipóteses que apontam que Vladimir Putin queira derrubar o ucraniano e desmembrar parte do país.
Em um pronunciamento, Zelenski disse que seria possível conversar na Belarus se os russos não tivessem usado a ditadura aliada como uma das bases para seu ataque –justamente contra Kiev, a menos de 200 km da fronteira sul belarussa.

Neste domingo (27), porém, o mandatário cedeu e topou a rodada nesta segunda -para os russos, que já estavam em Gomel, a conversa teria ocorrido no próprio domingo. O chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, tentou inclusive mostrar a força de Kiev afirmando que Moscou havia aceitado o encontro sem precondições, o que seria resultado da resistência imposta pelo país aos invasores.

Militares ucranianos chegaram a dizer nesta segunda que a ofensiva russa diminuiu o ritmo, mas a madrugada foi de mais explosões em diferentes partes do país.

Em Kharkiv, os combates seguem após um domingo de disputas entre os países. Segundo o Ministério da Defesa britânico, a segunda maior cidade do país continua sob controle ucraniano.

Também houve explosões em Kiev, mas o governo ucraniano afirma que a capital apresenta uma situação tranquila há algumas horas, cenário diferente daquele visto nos últimos dias, quando a ofensiva russa cercou a cidade. Ainda assim, o Reino Unido diz que forças de Moscou permanecem a 30 km ao norte e são contidas pelos militares ucranianos que defendem Hostomel.

Os combates continuam ainda em Chernihiv, no norte da Ucrânia, onde um prédio residencial foi atingido por um míssil, o que causou um incêndio. Na região, o aeroporto de Jitomir também foi alvo durante a madrugada, segundo as forças de Kiev. O lançamento teria sido feito da Belarus, apesar de o país ter dito mais cedo que não permitiria ataques a partir do seu território.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, por sua vez, ter tomado as cidades de Berdianski e Enerhodar, além da usina nuclear de Zaporijchia, segundo a agência de notícias Interfax. As autoridades locais ucranianas relataram ainda combates em Mariupol, mas Kiev nega ter perdido o controle da usina nuclear.

Além do diálogo entre russos e ucranianos, outra conversa aguardada para esta segunda é a do presidente americano, Joe Biden, com aliados dos EUA para “coordenar uma resposta unida”, segundo a Casa Branca divulgou na noite de domingo. O governo democrata não deu detalhes sobre quem participaria do diálogo, previsto para as 11h15 em Washington (13h15 em Brasília), mesmo horário em que a Assembleia Geral da ONU debate uma resolução para condenar a invasão russa.

Uma medida do tipo já foi vetada por Moscou no Conselho de Segurança. Assim, na prática, a resolução serviu apenas para que os países mostrassem seu descontentamento com a iniciativa do líder russo, Vladimir Putin, sem gerar ações imediatas. O Ocidente tem adotado diversas medidas para reagir a Moscou, com sanções que incluem a proibição do uso do espaço aéreo por aeronaves do país e a desconexão de bancos russos do sistema internacional de transferências financeiras.

Neste domingo, o G7 ameaçou a Rússia com novas medidas, e o Reino Unido já divulgou sanções contra o Banco Central russo. As críticas aumentaram após Putin colocar suas forças nucleares em alerta –o governo britânico, no entanto, não viu grandes mudanças na postura nuclear russa. Nesta segunda, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borell, disse que o bloco não iria se engajar em uma escalada devido à atitude do mandatário russo.

O tempo