
O ministro das Comunicações e deputado federal licenciado, Juscelino Filho, garantiu que até o fim de 2026 todas as 138 mil escolas públicas do país terão internet banda larga e Wi-Fi de qualidade. Mas na prática, sua gestão vem acumulando fracassos, inclusive no seu próprio estado, o Maranhão.
A promessa é bonita: levar banda larga e Wi-Fi para todas as escolas, melhorar o ensino e promover inclusão digital. No papel, parece tudo certo, só no Maranhão, cerca de 5 mil escolas já foram contempladas.
Mas como confiar numa meta tão ambiciosa, quando um dos órgãos mais tradicionais do país, os Correios, enfrenta um prejuízo de quase R$ 500 milhões e graves problemas administrativos? A situação expõe um contraste gritante entre o discurso e a prática. Se a gestão não consegue equilibrar as contas de uma estatal, como vai garantir internet estável para milhares de escolas espalhadas pelo país?
E os dados reforçam ainda mais a contradição: segundo ranking da Anatel, o Maranhão aparece em último lugar entre as 27 unidades da federação no Índice de Banda Larga e Cobertura (IBC), com nota de apenas 25,59 numa escala que vai até 100. Enquanto isso, o Distrito Federal lidera com 95,24.
Entre os 5.568 municípios do país, Fernando Falcão e Marajá do Sena, ambos no Maranhão, estão entre os dez piores, com índices baixíssimos de 12,48 e 13,63, respectivamente.
Diante desses números, a pergunta que fica é: como um ministro que não conseguiu garantir acesso à internet no próprio estado e que comanda uma estatal em crise vai levar conexão de qualidade para todo o Brasil?