
A Polícia Federal (PF) deve investigar também denúncias apresentadas na última sexta-feira (10), na Câmara Municipal de Arari, onde as vereadoras de oposição Aurinete Freitas (MDB) e Lucinha Brito (Avante) apresentaram documentos e relatos que, segundo elas, comprovam um esquema milionário de supostos desvios na Secretaria Municipal de Educação.
Diante da gravidade das acusações, a prefeita Simplesmente Maria tenta mudar o foco das atenções. Em vez de esclarecer o esquema milionário, ela passou a mencionar uma emenda enviada pelo deputado federal Pedro Lucas durante o mandato do ex-prefeito Rui. A estratégia, seria uma tentativa de desviar a atenção das denúncias atuais e transferir a responsabilidade para a gestão anterior.
No entanto, a manobra não convenceu. A prefeita está no comando e, portanto, a responsabilidade pela administração e pelo uso dos recursos públicos é exclusivamente dela.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra o ex-prefeito de Arari, Rui Filho, e do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, e deve se estender também a atual prefeita por suspeitas de irregularidades no uso da verba da educação que pode chegar a R$ 10 milhões.
Nos crimes desta natureza, os investigados podem responder por estelionato, participação em organização criminosa, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção passiva e corrupção ativa.