Desprestigiado, Rildo entrega pedido a Lula e vê Imperatriz fora da lista de investimentos

O prefeito de Imperatriz, Rildo Amaral, viveu nesta sexta-feira (28) uma típica cena de quem tenta ser lembrado no meio do jogo político, mas acaba relegado ao papel de figurante. Com a rápida passagem do presidente Lula por Imperatriz, Rildo se apressou em entregar um ofício pedindo ajuda federal para adquirir um novo prédio para o Hospital Municipal, o Socorrão.

Até aí, tudo bem. O problema foi o que aconteceu depois. Lula recebeu o papel, embarcou em um helicóptero e seguiu direto para o Tocantins, onde anunciou obras, programas sociais e investimentos. Tudo, menos alguma atenção especial para Imperatriz.

Na agenda do presidente constava o lançamento do programa Fomento Mulher, voltado ao apoio às mulheres do campo, a regularização fundiária e a pavimentação de trecho da BR-010 entre Filadélfia (TO) e Carolina (MA). Tudo importante, claro. Mas nada voltado à cidade que o recebeu.

A cena expôs de forma notória o desprestígio político de Rildo Amaral. Apesar de estar há apenas seis meses no comando da cidade, o prefeito já começa a sentir o peso do isolamento em administrar um dos maiores redutos bolsonaristas do Maranhão. Em vez de articular com o governador Carlos Brandão, aliado direto de Lula, Rildo preferiu agir por conta própria e colocar os burros na frente da carroça. Tentou impressionar o presidente com um gesto isolado, mas acabou ignorado. Faltou articulação, sobrou improviso, e parece não ter conseguido nem cinco minutos de atenção verdadeira.

A população, que sente na pele os problemas do sistema de saúde da cidade, esperava mais que uma entrega de ofício e uma foto para postar. Enquanto Lula discursa sobre inclusão, infraestrutura e desenvolvimento rural no Tocantins, Imperatriz ficou com o aperto de mão e a promessa vaga de que “será avaliado”.

O gesto de Rildo foi legítimo, mas o resultado foi simbólico. Imperatriz ficou de fora da agenda, da fala e das prioridades.