
Podemos dizer que André Fufuca, ministro do Esporte e deputado federal licenciado é um político que se adapta às circunstâncias, mudando de posições conforme o momento político, o que justifica o termo “camaleão”. Em um evento na noite desta segunda-feira (6) em Imperatriz, o maranhense reafirmou apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um gesto que, para muitos, não passa de mais uma troca de cor do camaleão do Progressistas.
Em discurso diante do próprio Lula, Fufuca fez uma autocrítica sobre as eleições de 2022 dizendo ter “errado” ao apoiar Jair Bolsonaro (PL). Mas o arrependimento soa conveniente, já que o PP, seu partido, decidiu deixar o governo petista e o ministro precisa manter o pé em Brasília, de preferência dentro do ministério ou, no mínimo, com alguém de confiança ocupando seu lugar.
O político que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff agora elogia Lula e fala em diálogo e estabilidade. É o mesmo filme de sempre, só com o figurino trocado. Fufuca já entendeu que, na política brasileira, sobrevive quem muda de cor conforme o ambiente, e nisso ele é mestre.
Nos bastidores, o ministro se movimenta para emplacar um aliado no comando do Esporte antes de deixar o cargo, ele sabe que fora do ministério fica difícil ter folego para sua pré-candidatura ao Senado em 2026.
O curioso é que Fufuca parece ter incorporado de vez o papel de Fufucão, uma mistura de Fufuca com camaleão. Ele observa o cenário, calcula o vento e muda de lado sempre que sente que o terreno vai afundar.
Em suma, a política maranhense, como tantas outras, é um palco onde os atores mudam, mas o roteiro permanece o mesmo. Os camaleões continuarão a circular pelos corredores do poder, mas cabe a nós, eleitores, decidir se queremos continuar aplaudindo esse espetáculo ou se, finalmente, vamos exigir uma mudança real, com políticos que tenham princípios e que sejam verdadeiramente comprometidos com o bem-estar da população.