Lambuzem-se no fundão eleitoral! R$ 4,9 bilhões para 2026

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou, de forma simbólica, nesta terça-feira (30), o Projeto de Instrução Normativa (PIN 1/2025), que quadruplica o valor do Fundo Eleitoral para 2026. O montante, que antes estava previsto em R$ 1 bilhão, saltará para impressionantes R$ 4,9 bilhões, destinado ao financiamento das próximas eleições.

Para garantir o aumento, o Congresso decidiu retirar R$ 2,9 bilhões das emendas parlamentares, além de cortar recursos de despesas não obrigatórias. A medida, no entanto, gerou forte reação crítica na sociedade, que vê nas prioridades da classe política um reflexo da desconexão com os problemas reais do Brasil.

Enquanto milhões de brasileiros enfrentam a precariedade na saúde, educação, transporte público e saneamento básico, o fundo bilionário reforça a ideia de que a política está mais preocupada em bancar suas próprias campanhas do que em responder às necessidades urgentes da população.

Nos últimos anos, o Fundo Eleitoral tem sido alvo de intensos debates, justamente por ser sustentado com dinheiro público. Agora, com a elevação para quase R$ 5 bilhões, a indignação tende a crescer ainda mais.

A aprovação simbólica, sem resistência expressiva, mostra também como o tema é tratado com naturalidade dentro do Congresso, embora represente um peso significativo para os cofres públicos e um duro golpe na confiança do eleitor.

Ao final, a sensação que fica é de que, em Brasília, a corda sempre estica para o lado do povo: faltam investimentos em serviços básicos, mas sobra dinheiro para financiar campanhas milionárias.

“Eu quero mais é que o povo se lasque, se lasque todinho”. (Deputado João Plenário – A Praça é Nossa)