
O portal slzma teve acesso a documentos e registros de reunião no Ministério Público do Maranhão que confirmam denúncias graves envolvendo a Unidade Escolar Básica Monsenhor Frederico Chaves, em São Luís.
Segundo relatos, a chegada da nova diretora, Hermilce Waléria Pereira de Oliveira, em dezembro de 2024, deu início a uma série de conflitos. Nas primeiras reuniões, ela teria afirmado que assumia o cargo com “carta branca para fazer o que quisesse”. Desde então, professores acusam a gestora de práticas de assédio moral, autoritarismo e favorecimento em processos de lotação.
O caso ganhou proporções maiores em agosto, quando uma reunião com o setor de RH da Semed apresentou uma lista de docentes que permaneceriam e outras que seriam relotadas. Quatorze professoras foram afastadas de forma repentina, incluindo servidoras com mais de 20 anos de experiência. Enquanto isso, docentes recém-saídas do estágio probatório e contratadas seletivamente permaneceram na unidade, gerando acusações de favorecimento.
O afastamento em massa provocou desorganização, alunos chegaram a ser recebidos por estagiários, em descumprimento da legislação. Pais denunciaram insegurança e falta de estrutura no início do semestre. Em um caso específico, uma criança de 5 anos foi transferida da escola após briga com outra aluna — decisão considerada arbitrária pela família.
Além disso, a gestora já havia enfrentado situações semelhantes em outra escola da rede, onde deixou o cargo sob escolta policial, após confronto com a comunidade escolar.
Diante da gravidade, o Ministério Público instaurou procedimento e convocou audiência com direção da escola, professoras afastadas e representantes da Semed. Também determinou inspeção escolar e oficiou a secretaria para prestar esclarecimentos.
Tentamos contato com a Secretaria Municipal de Educação, Caroline Salgado, para ouvir sua versão sobre o afastamento das 14 professoras da UEB em São Luís, mas ela não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens enviadas até o fechamento desta matéria.
